Elena Garro (1916-1998) foi uma intelectual ímpar, que atuou em teatro, imprensa e universo editorial. Deixou os estudo na Universidade Nacional Autónoma de México (UNAM) e iniciou sua carreira como jornalista na década de 1940. Pelos anos seguintes, foi sendo reconhecida por seu trabalho no jornalismo investigativo e engajado com suas causa sociais. Entre 1952 e 1953, escreveu As lembranças do porvir, rejeitado sob alegações de não gerar interesse no público. Uma década depois, consegue lançar o romance e é consagrada como escritora e jornalista, dedicando-se aos dois ofícios até o fim de sua vida. Publicou dezenas de novelas, contos, peças de teatro, artigos, reportagens e entrevistas, foi uma personagem essencial de sua época e sua obra vem sendo recuperada nos últimos anos.
As Lembranças do Porvir
Sobre:
Autora: Elena Garro
Tradução: Iara Tizzot
ISBN: 9786587603780
248 páginas. Brochura
Elena Garro é um dos grandes nomes da literatura mexicana e é fundamental para se compreender uma das literaturas mais importantes do mundo. "As lembranças do porvir" (1963), escrito quatro anos antes de "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez, é considerado o início do Realismo Mágico, o gênero que marcou toda a América Latina durante os anos 60 e 70. Garro rechaçava o gênero, afirmando que era “apenas um rótulo para aumentar as vendas”. Entre seus temas mais comuns estão a marginalização das mulheres, o racismo e a liberdade política. "As Lembranças do Porvir" fala sobre um pequeno povoado mexicano que é dominado de forma cruel e sanguinária pelo general Francisco Rosas e seus homens. Uma história de resistência e violência, porém acima de tudo de amor e sobre como, em meio ao horror e à crueldade, este seja o sentimento mais forte, mesmo que nem sempre isto seja uma coisa boa. Elena Garro e toda a sua obra estavam inéditas no Brasil.