Descrição
"Com que se pode jogar", de Luci Collin, é uma obra que desafia fronteiras narrativas e propõe ao leitor um mergulho em identidades fragmentadas, jogos de linguagem e múltiplas vozes. O livro, produzido artesanalmente no laboratório gráfico Arte & Letra, com impressão em risografia e encadernação manual, explora a não nomeação explícita do narrador — uma escolha sofisticada que, como observa Elvira Vigna, resiste à ideia de identidade fixa e estável.
A narrativa acompanha Ana, que, após um trauma, cria as personas de Melanta e Lena, embaralhando as fronteiras entre autora, personagem e leitor. Em vez de seguir fórmulas consagradas, Luci Collin aposta em uma escrita experimental, marcada pela ironia, metalinguagem e pelo questionamento das convenções literárias. O texto se constrói como um jogo: há deslocamentos, máscaras, fragmentos e um constante convite à reflexão sobre o próprio fazer literário.
O universo feminino, a multiplicidade de identidades e a recusa em se submeter a padrões narrativos tradicionais são marcas da autora, que constrói suas histórias a partir de dúvidas, rupturas e um olhar crítico sobre os discursos circulantes na sociedade. As palavras, em Collin, vibram e se desdobram em sentidos, criando uma experiência literária que é, ao mesmo tempo, lúdica e profunda.
Com 140 páginas em capa dura, "Com que se pode jogar" é uma leitura essencial para quem deseja conhecer livros independentes que expandem os limites da literatura contemporânea. A obra está disponível tanto na livraria online quanto na loja da Arte & Letra, em Curitiba, pronta para quem busca se aventurar em narrativas que desafiam, provocam e reinventam o próprio conceito de identidade e autoria.
