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Descrição
Essa narrativa-cinema de Valêncio Xavier mergulha na Curitiba dos anos 1910, atravessada pela gripe espanhola, pelas “tropas alliadas” e por relatos do passado que se entrelaçam a bairros, cinemas e missas da cidade. A obra expande seu olhar para a Europa em guerra, compondo uma poética de fluxo e fragmentação, feita de anúncios, recortes de jornal, quadras eróticas, colagens, deslocamentos temporais, absurdo e ironia. Valêncio Xavier, referência da literatura experimental brasileira, alcança aqui uma excelência rara no tratamento da multiplicidade narrativa, dialogando com nomes como Osman Lins e Julio Cortázar.

O mez da grippe é um exemplo notável de literatura independente nacional, publicado por uma editora independente brasileira e produzido no Laboratório Gráfico Arte & Letra, com impressão em risografia e encadernação manual. O livro integra o catálogo de obras que valorizam processos artesanais e a experimentação formal, sendo uma escolha singular para quem busca livros de editoras independentes e aprecia o cruzamento entre literatura, memória e linguagem visual.

Valêncio Xavier (1933-2008), nascido em São Paulo e radicado em Curitiba, construiu uma trajetória multifacetada como escritor, cineasta e roteirista, fundando a Cinemateca de Curitiba e colaborando com jornais e revistas literárias. Sua produção é fundamental para quem deseja explorar a riqueza dos contos brasileiros premiados e das narrativas híbridas que desafiam as fronteiras tradicionais da ficção.